Em épocas como as que se apresentam atualmente, estamos
postos frente a um cenário que não é muito otimista para o crescimento econômico
do País e, por consequência, das empresas.
Quando abrimos os principais meios de comunicação nos
deparamos com flashes que apontam para incentivos do governo para o
consumo, por meio da diminuição dos juros, facilidade ao crédito, diminuição de
impostos, principalmente IPI.
Deparamos-nos com cenários que retratam, por exemplo, a
maior saída de estrangeiros da Bolsa, desde 2008. Bovespa apostando em estratégias
de investimento para alavancar o crédito à Bolsa.
Nos ambientes organizacionais, estamos frente a cenários que
apontam para a demissão de pessoal, redução de produção, corte do café e demais
questões que, neste momento, possam ser consideradas supérfluas, como, por
exemplo, planos de saúde, seguro de vida, entre outros.
Uma grande tendência, em ambientes como estes, é o corte,
por parte das empresas, em ações voltadas ao desenvolvimento da gestão, bem
como, da capacitação e desenvolvimento da sua força de trabalho, fazendo com
que os integrantes sintam-se ameaçados, tensos e meramente executores, com
cautela para não impactar os custos.
Reduzir o investimento no desenvolvimento das pessoas e dos
sistemas de gestão das empresas é uma estratégia reversa, ou seja, ao invés de
alavancar, de propor respostas às ameaças externas, o empresário diminui os anticorpos
da sua organização.
Conhecemos um dito popular que “em época de crise, crie”. Como
vamos criar senão por meio de métodos e das pessoas? Como vamos criar senão por
meio do incentivo e desenvolvimento de novas visões por parte da força de
trabalho? Por que não desenvolver para criar novas formas de se estruturar com
menor custo, com maior velocidade e maior vantagem competitiva?
As dificuldades brotam no ponto de vista das pessoas. Se criarmos
um modelo mental de retrocesso e de cortes, é lógico que o funcionário vai
produzir menos, vai pensar menos em questões de desenvolvimento de novos
processos ou produtos, e vai se sentir ameaçado, trabalhando com medo e
afetando o ambiente de trabalho.
É justamente neste cenário que os investimentos em gestão e
desenvolvimento das pessoas deveriam aumentar. Isto sim é estratégia para
responder ao cenário que se desenha.