quarta-feira, 23 de maio de 2012

Falamos de crise, mas não de gestão.


Em épocas como as que se apresentam atualmente, estamos postos frente a um cenário que não é muito otimista para o crescimento econômico do País e, por consequência, das empresas.

Quando abrimos os principais meios de comunicação nos deparamos com flashes que apontam para incentivos do governo para o consumo, por meio da diminuição dos juros, facilidade ao crédito, diminuição de impostos, principalmente IPI.

Deparamos-nos com cenários que retratam, por exemplo, a maior saída de estrangeiros da Bolsa, desde 2008. Bovespa apostando em estratégias de investimento para alavancar o crédito à Bolsa.

Nos ambientes organizacionais, estamos frente a cenários que apontam para a demissão de pessoal, redução de produção, corte do café e demais questões que, neste momento, possam ser consideradas supérfluas, como, por exemplo, planos de saúde, seguro de vida, entre outros.


Uma grande tendência, em ambientes como estes, é o corte, por parte das empresas, em ações voltadas ao desenvolvimento da gestão, bem como, da capacitação e desenvolvimento da sua força de trabalho, fazendo com que os integrantes sintam-se ameaçados, tensos e meramente executores, com cautela para não impactar os custos.

Reduzir o investimento no desenvolvimento das pessoas e dos sistemas de gestão das empresas é uma estratégia reversa, ou seja, ao invés de alavancar, de propor respostas às ameaças externas, o empresário diminui os anticorpos da sua organização.

Conhecemos um dito popular que “em época de crise, crie”. Como vamos criar senão por meio de métodos e das pessoas? Como vamos criar senão por meio do incentivo e desenvolvimento de novas visões por parte da força de trabalho? Por que não desenvolver para criar novas formas de se estruturar com menor custo, com maior velocidade e maior vantagem competitiva?

As dificuldades brotam no ponto de vista das pessoas. Se criarmos um modelo mental de retrocesso e de cortes, é lógico que o funcionário vai produzir menos, vai pensar menos em questões de desenvolvimento de novos processos ou produtos, e vai se sentir ameaçado, trabalhando com medo e afetando o ambiente de trabalho.

É justamente neste cenário que os investimentos em gestão e desenvolvimento das pessoas deveriam aumentar. Isto sim é estratégia para responder ao cenário que se desenha.