Muito tem se falado e
escrito nos últimos tempos sobre os estilos de liderança e sobre a postura que
se configura em comportamentos como chefes no ambiente de trabalho.
A grande questão que
precisamos responder é: será que sou um chefe ou um líder?
Intencionalmente, queremos
ser vistos como líderes, embora nossos comportamentos nos denunciem verdadeiros
chefes.
Estes comportamentos são
praticados por nós no dia a dia, sem que percebamos. E, com base neles, é que a
nossa equipe faz a leitura: CHEFE OU LÍDER.
Um dos comportamentos de
liderança, por exemplo, está em definir claramente, na empresa e para as
equipes, as diretrizes de atuação, o seu desdobramento em objetivos e metas de
tal modo que todos os integrantes tenham clareza da sua contribuição. Após, o
que se espera é a capacidade do líder em influenciar pessoas da empresa e fora
dela para que estes objetivos e metas sejam alcançadas.
Já um chefe, está sem rumo no dia a dia. Não guia a sua equipe
por objetivos e metas, mas sim, por meio de cobranças e imposições pessoais – todos
têm que fazer do jeito dele! Se você é um chefe, a sua equipe nunca saberá se
organizar na sua ausência. Sempre vai depender de você. Cuidado! Se você acha
que esta dependência é boa, engane-se, pois a sua equipe nunca vai ser um time
de alto desempenho e sim, um bando de tolos a espera de um grito do chefe. Então,
se o chefe não gritar os jogadores não saem do lugar.
Outra característica
acentuada no comportamento de um chefe é o controle, enquanto que o líder
gerencia. Se alguém lhe perguntar qual é o tempo médio de atendimento ao seu
cliente e você não souber, cuidado! Pode não ser falta de informação apenas, e
sim, um comportamento de chefia. Talvez o seu foco esteja em cobrar das pessoas
que atendam os clientes, no entanto, nem sequer sabe qual o desempenho da
equipe no atendimento. O que importa é atender. E se não atender...!!!
Desta forma, você vai
passar a vida toda cobrando as mesmas tarefas – controle – e nunca vai
conseguir cobrar melhorias – gestão, ou seja, se você não mede, não tem
informação para avaliar o desempenho. Se você não avalia o desempenho não tem
como definir ações de melhoria com a sua equipe. Logo, o seu ponto de fuga é
cobrar, pois assim você não perde o controle e mantém-se ativo junto à equipe.
Os verdadeiros chefes
chegam até mim e questionam: o que faço com uma equipe que não é comprometida?
Gasto todas as minhas salivas cobrando, todo dia, que façam determinadas
tarefas, mas, basta virar as costas que não fazem nada. Ora, o erro: você está
cobrando e não influenciando.
Estes mesmos chefes me
falam que as suas equipes não são motivadas, parece que só estão ali pelo
dinheiro. Caro chefe, quem tem que desenvolver a capacidade de motivar a sua
equipe é você mesmo. Você dá as culpas para a equipe, enquanto não olha para o
quanto você está ou não motivando os seus integrantes. O erro: você está
lamentando e não influenciando.
O líder convence a
equipe, com enfoque no desempenho de números, de que determinadas atividades
são importantes e, a partir daí, o trabalho ocorre normalmente, pois todos
querem alcançar um bom desempenho. Isto é natural e humano.
Estes são alguns comportamentos que pensei em relacionar. Claro que teríamos conteúdo para escrever um livro. Reflita então, se o seu comportamento está voltado para ser um verdadeiro chefe ou um autêntico líder.
Eduardo Antônio Böckel
Assessor em Gestão
EVOLUIR
GESTÃO EMPRESARIAL
www.evoluirgestaoempresarial.com.br