sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Se o chefe não gritar, os jogadores não saem do lugar.


Muito tem se falado e escrito nos últimos tempos sobre os estilos de liderança e sobre a postura que se configura em comportamentos como chefes no ambiente de trabalho.

A grande questão que precisamos responder é: será que sou um chefe ou um líder?

Intencionalmente, queremos ser vistos como líderes, embora nossos comportamentos nos denunciem verdadeiros chefes.
Estes comportamentos são praticados por nós no dia a dia, sem que percebamos. E, com base neles, é que a nossa equipe faz a leitura: CHEFE OU LÍDER.

Um dos comportamentos de liderança, por exemplo, está em definir claramente, na empresa e para as equipes, as diretrizes de atuação, o seu desdobramento em objetivos e metas de tal modo que todos os integrantes tenham clareza da sua contribuição. Após, o que se espera é a capacidade do líder em influenciar pessoas da empresa e fora dela para que estes objetivos e metas sejam alcançadas.

Já um chefe, está sem rumo no dia a dia. Não guia a sua equipe por objetivos e metas, mas sim, por meio de cobranças e imposições pessoais – todos têm que fazer do jeito dele! Se você é um chefe, a sua equipe nunca saberá se organizar na sua ausência. Sempre vai depender de você. Cuidado! Se você acha que esta dependência é boa, engane-se, pois a sua equipe nunca vai ser um time de alto desempenho e sim, um bando de tolos a espera de um grito do chefe. Então, se o chefe não gritar os jogadores não saem do lugar.

Outra característica acentuada no comportamento de um chefe é o controle, enquanto que o líder gerencia. Se alguém lhe perguntar qual é o tempo médio de atendimento ao seu cliente e você não souber, cuidado! Pode não ser falta de informação apenas, e sim, um comportamento de chefia. Talvez o seu foco esteja em cobrar das pessoas que atendam os clientes, no entanto, nem sequer sabe qual o desempenho da equipe no atendimento. O que importa é atender. E se não atender...!!!

Desta forma, você vai passar a vida toda cobrando as mesmas tarefas – controle – e nunca vai conseguir cobrar melhorias – gestão, ou seja, se você não mede, não tem informação para avaliar o desempenho. Se você não avalia o desempenho não tem como definir ações de melhoria com a sua equipe. Logo, o seu ponto de fuga é cobrar, pois assim você não perde o controle e mantém-se ativo junto à equipe.

Os verdadeiros chefes chegam até mim e questionam: o que faço com uma equipe que não é comprometida? Gasto todas as minhas salivas cobrando, todo dia, que façam determinadas tarefas, mas, basta virar as costas que não fazem nada. Ora, o erro: você está cobrando e não influenciando.

Estes mesmos chefes me falam que as suas equipes não são motivadas, parece que só estão ali pelo dinheiro. Caro chefe, quem tem que desenvolver a capacidade de motivar a sua equipe é você mesmo. Você dá as culpas para a equipe, enquanto não olha para o quanto você está ou não motivando os seus integrantes. O erro: você está lamentando e não influenciando.

O líder convence a equipe, com enfoque no desempenho de números, de que determinadas atividades são importantes e, a partir daí, o trabalho ocorre normalmente, pois todos querem alcançar um bom desempenho. Isto é natural e humano.

Estes são alguns comportamentos que pensei em relacionar. Claro que teríamos conteúdo para escrever um livro. Reflita então, se o seu comportamento está voltado para ser um verdadeiro chefe ou um autêntico líder.






Eduardo Antônio Böckel
Assessor em Gestão
EVOLUIR GESTÃO EMPRESARIAL
www.evoluirgestaoempresarial.com.br