Evolução da gestão, todos no mesmo estágio?
Quando
trata-se da adoção e implementação de um modelo de gestão nas organizações,
sejam elas grandes, médias ou pequenas, indústrias, da área do comércio ou
serviços, pública ou privada, não importa, sempre ressalta-se a importância da
aderência a práticas de gestão, englobando processos, ferramentas e controles
gerenciais.
Em
algum momento da história, já falava-se em Gestão da Qualidade Total, Gestão da
Qualidade, Qualidade da Gestão, além de ferramentas avançadas de Gestão de
Risco (Risk Management), bem como,
processos de Benchmarking.
No
entanto, todas essas metodologias, já foram suficientemente sustentados por
ferramentas indispensáveis como planos de ação (5W2H), Diagrama de Ishikawa –
ou espinha de peixe, além de indicadores de desempenho, ou de controle como por
muito tempo foram denominados.
Hoje,
no avanço que há no desenvolvimento de metodologias de gestão, parece que tudo
o que relatamos até então estão suficientemente desatualizados; isto na
dimensão da pesquisa e do desenvolvimento conceitual. Quando descemos à
realidade das organizações, e chegamos à dimensão da prática do dia a dia, o
que se identifica é uma cultura, por muitas vezes externa, que parece
distanciar as pessoas cada vez mais desses métodos, até mesmo dos mais antiquados
e simples de serem utilizados.
Sabe-se
da dificuldade em que é implementar e manter um sistema de gestão, no entanto,
todo este desafio está amparado pelo nível cultural que, primeiramente está implementado
em nossa sociedade e, por último, é desenvolvido pelas próprias organizações,
nas quais falta muita dedicação ao estudo, entendimento e aprimoramento de
métodos gerenciais, o que passa, necessariamente, pelas atitudes das pessoas.
Se está difícil fazer com que as pessoas sejam, por exemplo, pontuais com os seus compromissos mais óbvios, como fazer com que alcancem um nível avançado de entendimento, dedicação e busca por melhores métodos gerenciais?
Na
minha opinião, para concluir o artigo, há um grande distanciamento entre o
nível pretendido de modelos de gestão e aqueles realmente possíveis de serem
implementados, havendo limitação, principalmente, por parte da cultura da sociedade
e das organizações.
Eduardo Antônio Böckel
Diretor Executivo
Evoluir Gestão Empresarial