quarta-feira, 21 de março de 2012

Estratégia sem meta é intenção.

RESULTADO É O QUE SE ESPERA QUANDO TRATAMOS DE GESTÃO, principalmente da gestão estratégica, ou pelas estratégias, como preferirem.

Parece-me um assunto tão fundamental a ser discutido frente a temas como sustentabilidade e inovação, amplamente abordados pela mídia e escritores atualmente. No entanto, são realidades vividas que demonstram uma deficiência considerável quando tratamos de metas associadas aos objetivos do plano estratégico das empresas.

As pessoas confundem facilmente os conceitos de estratégia, objetivo e meta. Tê-los entendidos é fundamental para que o plano esteja adequado e as rotinas das pessoas possam se alinhar a este, fazendo com que sua implementação seja efetiva.

Primeiramente, estratégia entende-se como sendo uma diretriz, ampla, mas que direciona o caminho a ser perseguido pela equipe. Por exemplo: inovar em produtos e mercados. Já o objetivo, é o primeiro nível de desdobramento da estratégia. Tomemos como exemplo: Lançar cinco produtos para a classe C até 2020. Logo, é natural o questionamento:
- Mas, os cinco produtos em 2018, em 2019 ou em 2020?
Daí a importância da meta, por exemplo: um produto a cada dois anos a partir de 2012. Assim teríamos um produto a ser lançado em 2012, 2014, 2016, 2018 e 2020, atingindo o objetivo de quatro novos até 2020.
 

Natural ainda seria o questionamento sobre retorno destes produtos, quantidade de clientes que cada um deveria abranger, unidades vendidas, entre outras questões que originariam metas complementares.
Obviamente que estas metas deveriam ser desdobradas para as áreas ou processos da empresa que têm contribuição para o alcance do objetivo organizacional. Por exemplo, em se tratando de novos produtos, para P&D, Comercial, Produção, entre outros; ou seja, várias áreas/processos e pessoas podem se enxergar na estratégia através das metas.

Vejo muitas empresas dedicando esforços (tempo, dinheiro e pessoas) para comunicar amplamente a estratégia, por meio de peças publicitárias, sem um adequado desdobramento. No entanto, fica altamente abstrato para o funcionário, pois ele não consegue conectar a sua atividade do dia a dia com a estratégia.



O funcionário da operação não precisa compreender a estratégia da empresa – necessita sim, entender quais são as metas do plano estratégico aplicáveis ao seu trabalho. É isto que ele quer saber, pois são estes resultados que sua equipe precisa entregar.

Um dos grandes desafios na gestão estratégica não é a sua elaboração, mas sim, o entendimento e alinhamento por parte das pessoas da força de trabalho às estratégias da empresa. E este desafio começa a ser vencido quando houver um adequado e minucioso desdobramento do plano em objetivos e metas, distribuídas para as áreas envolvidas.

A tarefa de quem está responsável pela arquitetura do plano estratégico, sem dúvida alguma, é árdua. Não estou falando em algumas horas, mas sim, em muitas horas dedicadas. Mas, com certeza, os resultados são fenomenais. O tempo necessário de dedicação deve variar conforme a complexidade e tamanho da empresa.

No ano passado, em 2011, conduzimos revisões de planos estratégicos, com este desdobramento e percebemos, na prática, o movimento que a estratégia com meta causa, ou seja, tira o pessoal da zona de conforto, da inércia e resultados aparecem facilmente.

Afinal, estratégia que não é executada ou implementada não é estratégia, é apenas uma intenção!

E, não há milagres a serem feitos, pois, quem já fez já foi para a outra dimensão e virou santo!

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