Ao
iniciar agosto é impreterível que façamos uma análise sobre as tendências e
projetemos cenários acerca de como, neste mês, a economia vai se comportar.
Para
iniciar, olhemos para o PIB – produção bruta, em dólares. Percebe-se que há uma
queda, porém, convenhamos, não estamos no pior ano de nossa história.
A
sensação é igual ao de uma pessoa que nunca correu – ela está acostumada a
caminhar num determinado ritmo – isto seria a nossa economia em 2006.
Porém, a pessoa começa a praticar corridas como exercício físico e se acostuma com esse ritmo – compara-se com a nossa economia nos anos de 2011/2012. Porém, esta mesma pessoa, começa a reduzir o seu ritmo de corridas e volta a caminhar – a sua sensação será de parada, de redução de velocidade, mesmo que esteja caminhando mais do que antes de iniciar as suas corridas.
Porém, a pessoa começa a praticar corridas como exercício físico e se acostuma com esse ritmo – compara-se com a nossa economia nos anos de 2011/2012. Porém, esta mesma pessoa, começa a reduzir o seu ritmo de corridas e volta a caminhar – a sua sensação será de parada, de redução de velocidade, mesmo que esteja caminhando mais do que antes de iniciar as suas corridas.
O
Brasil hoje está em 10º lugar entre todos os países quanto ao Produção Interno
Bruto – é claro que este mesmo ranking não se nivela nos demais índices como o
índice de crescimento que, em 2016, no primeiro semestre, está em -5,40%. Na
nossa comparação da corrida, uma desaceleração brusca, tendendo ao ritmo da
caminhada.
A
taxa de crescimento do PIB – ou de decrescimento – no segundo trimestre foi de
-0,3%. O gráfico mostra que este decrescimento está diminuindo, buscando o nível
do zero, ou seja, economia estabilizada em 2017, conforme alguns analistas já
divulgaram anteriormente.
Porém,
as projeções iniciais é de que a taxa de crescimento do PIB em 2016 fique nos
-3,8% (idêntico a 2015). Para isso se concretizar, tendo a média do primeiro
trimestre de 2016 apresentado -5,40%, os próximos meses terão de ser muito
favoráveis. Senão, as projeções iniciais estarão falhas e fecharemos um ano
pior que 2015. Conforme as projeções, um saldo negativo de -4,1%, infelizmente, a realidade.
Porém,
agosto ainda se apresenta como um mês tenso e instável no cenário político,
pois temos pela frente a votação do Impeachment – será um verdadeiro divisor de
águas, uma bifurcação com diferentes direções.
CENÁRIO
A – Impeachment favorável, ou seja, Dilma não volta. Há expectativas de um
pacote de medidas que o Governo de Transição largará para a votação - Até agora
está tudo muito tímido, você não acha estranho? Neste cenário, aumenta a
confiança do empresário e novos investimentos poderão aparecer e aquecer a
economia. Em período de final de ano, talvez as animosidades sejam
fortalecidas. Neste cenário, uma possível retomada da economia em 2017 e 2018.
CENÁRIO
B – Impeachment desfavorável, ou seja, Dilma fica. Os rumores na Câmara dos
Deputados e Senado Federal serão os mais tumultuados já vistos – talvez não
tanto quanto o primeiro semestre de 2016. Haverá novas propostas, possivelmente
contraditórias às medidas do Governo de Transição, o que fará um novo recomeço
para um período de últimos meses do ano. Há quem diga que, como o ano inteiro
já foi um período perdido, ficar sem o último trimestre não fará falta. Neste
cenário, incertezas até a eleição de 2018.
Esperamos que o melhor cenário possa se concretizar para o Brasil.
Os dados analisados para este artigo foram fornecidos pela Trading Economics.
Eduardo Antônio Böckel
Diretor da Evoluir Gestão Empresarial
www.evoluirgestaoempresarial.com.br
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