terça-feira, 7 de setembro de 2010

Como se comportar em uma entrevista de emprego?



Uma das coisas que me inquietam é o comportamento das pessoas frente a uma dinâmica de seleção ou entrevista de emprego. Bem, para começar, não devemos buscar um emprego e sim, trabalho, trabalho como um meio de auto-realização pessoal e profissional.

Existem várias sugestões fornecidas por editoras, escritores, enfim, por todo lugar tem-se dicas de como se portar em dinâmicas ou entrevistas do gênero. No entanto, é perceptível a atitude das pessoas, ou a falta de aplicação dessas “dicas” quando a prática ocorre realmente.

As empresas estão exigindo cada vez mais um elevado grau de competências do candidato, principalmente, as que estão relacionadas à capacidade de relacionamento, trabalho em equipe, tomada de decisão, liderança, entre outras que são específicas por atividade ou função. Tal exigência torna-se necessária em virtude do comportamento do cliente consumidor nos últimos tempos, o qual passa a demandar mais qualidade no atendimento de serviços e fornecimento de produtos. Frente a isso, é comum que empresas apliquem técnicas avançadas para identificar, nos candidatos, as competências necessárias, exigidas para o cargo.

O que vemos, no entanto, são pessoas despreparadas frente ao nível de exigência dessas organizações, ou seja, o mercado fornecedor de mão-de-obra não responde à demanda impressa pelas empresas.

E são básicos os itens avaliados em relação ao comportamento, que nem sempre se aprende em cursos de especialização, mas, o candidato os tem ou não tem. Vejamos alguns exemplos de itens avaliados nas técnicas de seleção e os tipos de atitudes que os candidatos têm demonstrado:

 Liderança: Quando realizada uma técnica em grupo, as pessoas se eximem e ficam na retaguarda. Quando ainda não elegem, dentro do grupo, um líder (também candidato para a vaga), demonstrando claramente a sua fraqueza em liderar.
 Trabalho em equipe: Nas técnicas que demandam explorar essas competências, os candidatos trabalham individualmente ou se irritam claramente com o comportamento de outras pessoas do grupo. Ora, fica latente que a pessoa não sabe ou não gosta de trabalhar em equipe.
 Falar em público: ao falar, os candidatos olham para o chão ou focam apenas uma única pessoa no ambiente. Não têm postura adequada. Apresentam-se com mão no bolso, por exemplo.
 Coerência: demonstram ter interesse na vaga, mas, seu sonho, por exemplo, é abrir o seu próprio negócio. Pergunta: o que faz buscando uma vaga naquela empresa? Não seria hora de ir me busca do seu próprio negócio?
 Apresentação: sapato sujo, mascando chiclete de boca aberta. Quer algo pior?

Exemplos como esses são complementados por uma série de situações perceptíveis aos olhos de quem avalia. Minha dúvida sempre é: existe algo mais importante ou um momento mais sério na vida de uma pessoa que está buscando uma oportunidade de trabalho e participa de uma dinâmica de seleção? Não seria este o momento de se vestir de forma apresentável (coerente, é claro, com a atividade que está disputando a vaga), apresentar atitudes de liderança? Demonstrar real interesse por aquele trabalho. Neste momento também deve falar o que o (a) levou a buscar essa vaga, entre outras informações e atitudes extremamente relevantes e, na maioria das vezes, decisórias para a contratação. Quem não assume comportamentos mínimos dessa característica numa dinâmica, certamente não as terá quando no dia-a-dia do trabalho. Isso implica num desastre frente ao processo de seleção.

Note que estamos falando de comportamentos que parecem num primeiro momento, simples, e não de conhecimento técnico, como até então era muito solicitado. E a tendência, sem dúvida alguma, é termos um desequilíbrio ainda maior entre as exigências das empresas e a qualificação do mercado de trabalho.

Sem dúvida alguma, precisamos nos preparar melhor para uma dinâmica de seleção. E lembre-se: quando falar com alguém, olhe nos olhos dessa pessoa. Assim, você estará demonstrando vários aspectos do seu gênero, entre eles, confiança e transparência.

Um forte abraço e até a próxima!

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